Locaweb Edição 82

Shutterstock.com elon musk 47 REVISTA LOCAWEB Comunicaçãoglobal dealta velocidade Backupcerebral Emmédioa longoprazo Emmédioa longoprazo R ecentemente, o principal regulador de telecomunicações dos Estados Unidos autorizou um projeto ambicioso da SpaceX. O objetivo é colocar mais de quatro mil satélites em órbita para a construção de uma rede global de internet de alta velocidade. “O que se pretende é a criação de um sistema de acesso por meio de uma rede de satélites de órbita baixa. Ele fica em torno de 1.400 quilômetros acima da superfície e é semelhante a um sistema de telefonia móvel celular”, afirma Antonio Carlos Gianoto, professor do departamento de Engenharia Elétrica da FEI. Ele ainda destaca que o sistema permitirá que até as mais remotas regiões do mundo recebam acesso a serviços como internet de alta velocidade. “Tecnicamente, o projeto é realizável a médio ou longo prazo. Vale destacar que, na década de 1990, a Motorola tentou criar uma rede semelhante, colocando satélites de órbita baixa para a prestação de serviços de voz. O projeto não teve sucesso por questões administrativas, pois o custo operacional era muito elevado”, explica o profissional. “No caso da SpaceX, tudo dependerá do custo final para o usuário do serviço”, completa. A Neuralink é a empresamais misteriosa deMusk. A companhia existe, mas foi mencionada pouquíssimas vezes pelo empresário e traz informações vagas emseu site oficial. Oque se sabe é que o sul-africano pretende criar projetos que conectamo cérebro humano a computadores. Para Alexandre Brandão, pesquisador do Instituto Brasileiro deNeurociência e Neurotecnologia (BRAINN), omaior benefício desse sistema seria permitir a comunicação de pacientes que não têm interação comomundo exterior por causa de alguma doença limitante ou de algumtrauma com sequelasmotoras ou de fala. “Essa neurotecnologia deverá permitir, gradativamente, maior independência do paciente nas tomadas de decisões mais básicas, como indicar se está ou não com sede e fome, se sente dor ou ainda se necessita de atenção quanto às necessidades de higiene. Isso tudo a partir de uma comunicação direta com o cérebro”, ressalta o especialista. Alexandre acredita que os primeiros protótipos, direcionados a pessoas saudáveis, devemcomeçar a aparecer ao longo da próxima década. “Para o uso adequado e real benefício a pacientes comsequelas neurológicas ou comprometimento cognitivo, esta tecnologia ainda precisará se desenvolvermuito, sendo esse umdesafio a ser superado a longo prazo”, completa. Antonio Carlos Gianoto, professor do departamento de Engenharia Elétrica da FEI É possível que na próxima década apareçam os primeiros protótipos de conexão entre cérebros humanos e computadores

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