Locaweb Edição 81
especial 48 REVISTA LOCAWEB O pensamento de um designer concentra-se em olhar o problema como um todo e analisá-lo sob inúmeros aspectos, encontrando múltiplas soluções possíveis Ricardo Rocha Inforzato, diretor de planejamento e estratégias da Pílula Criativa um novo conceito. Com isso, é possível antecipar possíveis falhas e evitar prejuízos. O pulo do gato é não gastar muitos recursos para criar uma solução. Em vez disso, a empresa pode produzir um protótipo do produto e experimentá-lo com seu público. Esse processo será essencial para entender o que funciona ou não. A partir daí, a companhia fica à vontade para adaptar o projeto conforme as necessidades. Feito para quem? Engana-se quem pensa que o Design Thinking só pode ser usado por grandes companhias, como a Coca-Cola, que adotou a técnica quando decidiu renovar o visual de suas latinhas e embalagens. O conceito serve tanto para grandes companhias globais quanto para pequenas e médias empresas com poucos funcionários. “O método ganhou força no fim da primeira década do século 21, com o advento e crescimento das startups. A razão para isso é que esse tipo de negócio tenta encontrar no cotidiano algum tipo de problema que possa ser transformado em oportunidade e, a partir de uma solução, trabalha para criar um negócio lucrativo. Dentro desse contexto, a metodologia do Design Thinking surge quase como algo natural para esse tipo de empresa”, afirma Ricardo. Segundo Guto Grieco, coordenador do Centro de Inovação e Criatividade da ESPM, o método tem se mostrado uma boa alternativa para as áreas que lidam com necessidades de usuários, como departamentos de inovação, tecnologia, marketing e atendimento ao cliente. “Atualmente, o conceito é muito procurado por três nichos: os que apresentam desafios de inovação, os altamente regulados e os que precisam se reinventar. Entre eles, os setores dos bancos, o da saúde e o da educação”, destaca Mario. Buscar inspiração em exemplos brasileiros pode ser uma boa estratégia para dominar o Design Thinking. Alexandre Corsi Abdalla, instrutor da Faculdade Impacta, afirma que o Banco Original, o primeiro 100% digital do Brasil, é um bom case. O Nubank é outra empresa que usou a estratégia muito bem. Além de oferecer a praticidade de fazer um cartão de crédito por meio de um aplicativo de celular, a companhia trabalha com taxas e vantagens competitivas em relação aos cartões tradicionais. É o “projetar algo para alguém” de maneira realmente útil, o que tem tudo para dar certo. Alexandre, instrutor da Impacta, aponta algumas fintechs brasileiras como fonte de inspiração Tecnologia, marketing e atendimento ao cliente estão entre as áreas favorecidas pelo método, segundo Guto, coordenador da ESPM
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