Locaweb Edição 80
especial 42 REVISTA LOCAWEB Mauricio Cid: "marcas devem entender que a web é feita por humanos" Tiago Souza recomenda fugir dos influenciadores que não se identificam com o produto O caminho para engajar mais é acostumar-se a mudanças constantes e ouvir bem o que o consumidor tem a dizer Opoder dopúblicodigital O brasileiro passa, em média, mais de nove horas por dia navegando na internet. O tempo gasto eleva o País ao posto de terceira nação mais conectada do planeta, perdendo apenas para Tailândia e Filipinas. Os dados do relatório "2018 Global Digital", realizado pela We Are Social em parceria com a Hootsuite, apontam ainda que a população tupiniquim gasta mais de três horas nas redes sociais, em média, por dia. Toda essa presença concede aos brasileiros um papel relevante de influenciadores no mundo digital. E esse poder pode impactar diretamente as empresas. “São as pessoas que fazem a internet. Às vezes, as marcas não entendem que a web é feita por humanos e não por robôs. Nem tudo é algoritmo”, comenta Mauricio Cid, criador do site de humor Não Salvo. Enxergar que a internet não é basicamente movida a anúncios patrocinados é algo fundamental na hora de usá-la a seu favor. Hoje, o Earned Media é uma das estratégias mais usadas para vencer no online. Popularmente chamada de “mídia de massa”, a técnica se resume à análise dos feedbacks espontâneos que os usuários emitem após a experiência com uma marca. “O Earned Media é amídia mais incontrolável que existe. Isso porque, a partir domomento em que você coloca um serviço no mercado, os consumidores podem dizer o que desejam, emqualquer situação. Seja de forma positiva ou negativa. E as redes sociais dão espaço para propagar essas opiniões”, diz Tiago Souza, professor da Belas Artes de São Paulo. A dica para controlar o termômetro online é um tanto simples: conheça o seu público- alvo. “Na hora de contratar um influenciador, por exemplo, o lifestyle do garoto-propaganda tem que dar match com o estilo de consumidor da sua marca. Marketing descarado, como o da Xuxa com a Monange, não funciona mais”, afirma Tiago. Dilema da Xuxa Por falar na loira, o youtuber Marcos Castro apelidou seu método próprio para identificar o público-alvo de “Dilema da Xuxa”. “Faço vídeos desde 2007. O que dava certo antes, hoje já não serve mais. A demanda por inovação é rápida. Então, acabei caindo em um dilema: devo continuar trabalhando com a mesma faixa etária ou devo mudar de baixinho?”, brinca. A fórmula elaborada por Marcos para encontrar a resposta para seu dilema foi justamente analisar o público. “Você temque olhar para trás, coletar métricas e ver quem é seu fã”, conta. “Combase nas minhas informações, percebi que o público cresceu comigo. Quem antes me assistia aos 20 anos, continua vendo aos 30. Então, devo trocar de baixinho? Não. Voume apegar”, conclui. Seguindo a premissa do youtuber, você tambémpode conhecer melhor quem é seu público digital e descobrir como trabalhar com ele para ter umbom retorno em Earned Media. Assim, todas as pontas vão se fechando e a tendência é engajar mais e melhor. "A demanda por inovação é rápida", diz Marcos Castro
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