Locaweb Edição 79

processadores 49 REVISTA LOCAWEB Renato, do Laboratório Nacional de Computação Cientifica (LNCC): processadores quânticos vão trazer inovações em diversas áreas, como a da saúde para simular sistemas quânticos”, diz Renato Portugal, pesquisador do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). “Para a fabricação de novos medicamentos, por exemplo, é preciso simular o comportamento das proteínas com muitas moléculas. Como a dinâmica segue as leis da física quântica, não é possível analisar quando o número demoléculas aumenta. Um computador quântico, entretanto, consegue reproduzir eficientemente esse comportamento. Ele pode abrir muitas novas áreas de aplicação e ser usado emnichos, como o da nanotecnologia”, destaca o especialista. A evolução dos processadores moleculares também deve influenciar projetos das áreas médica e genética nos próximos anos. “Com eles será possível criar determinados organismos, como células tronco e tecidos humanos, que funcionam como um processador. Em vez de tomar um remédio, a pessoa pode ingerir um organismo programável que terá capacidade, por exemplo, de reprogramar determinadas funções do organismo dela", diz Silva. Processamento neural As NPUs (unidades de processamento neural) também devemajudar amoldar omercado de processadores do futuro. Basicamente, elas tentam “imitar” o estilo de processamento do cérebro humano e sãomuito importantes para o desenvolvimento de sistemas que trabalham com inteligência artificial. Atualmente, as NPUs são adotadas em larga escala nos projetos de carros autônomos. Alémde substituir o motorista, os veículos devem tomar decisões, como saber a hora certa de acelerar e frear. “Hoje, já vemos carros com grau de automação média. A evolução desses veículos que dirigem sozinhos vai depender sempre dos sensores e recursos que analisam o ambiente e identificam elementos das vias, como pedestres, placas e até outros veículos. Tudo isso exige um gerenciamento de forma integrada e um nível de processamento muito rápido”, explica o professor da Pós-Graduação em Engenharia Automotiva do Instituto Mauá de Tecnologia. “O desempenho dos processadores é um dos pilares fundamentais do futuro, pois teremos enormes quantidades de dados para serem trabalhados no menor intervalo de tempo possível. E essa quantidade de informações sempre será crescente, por conta do maior número de dispositivos móveis interconectados e das flexibilidades que eles proporcionam”, conta Pavanello. O especialista acredita que existem aplicações que ainda são inviáveis e sequer podem ser imaginadas com as máquinas atuais. Resta esperar para ver tudo o que a alta velocidade de processamento tem a oferecer. Linha Intel Core i9 X-series é uma das novidades apresentadas pela Intel nos últimos meses