Case Metamáquina
Sabe aquela pecinha perdida do
brinquedo de montar? Pois bem, dá
para você mesmo fazer outra! De
maneira similar a impressoras laser
e a jato de tinta, que imprimem
imagens bidimensionais com tinta em
papel, linha por linha, impressoras 3D
aplicam plástico derretido, camada
por camada, até formar um objeto
volumoso, tridimensional. Depois
de pronto, é possível manusear o
objeto e usá-lo para o propósito para
o qual foi criado, como se tivesse
sido feito em uma fábrica. Com essa
intenção, surgiu a Metamáquina, a
primeira empresa brasileira dedicada
à impressão 3D de baixo custo. Suas
máquinas são operadas por software
livre e baseadas em hardware
aberto, isto é, todos os arquivos de
projeto estão disponíveis para serem
modificados e reproduzidos.
Quando tiveram informações sobre
financiamento colaborativo, ainda
nem pensavam que ele seria útil um
dia. “Acho que a primeira vez que
ouvi falar sobre crowdfunding foi por
causa da Lasersaur, uma máquina
de corte a laser de hardware aberto
financiada pelo Kickstarter. Foi, de
certo modo, uma coincidência com
o que viríamos a fazer no futuro,
afinal, na época, nem pensávamos
em fabricar impressoras 3D, mas já
estávamos interessados no assunto”,
diz Rodrigo Rodrigues da Silva.
“Ficamos sabendo da existência do
Catarse logo que ele foi lançado e, a
partir do momento em que decidimos
investir nossos esforços nesse
projeto, a ideia de financiá-lo lá foi
praticamente natural, e se concretizou
rapidamente após conversarmos
pessoalmente com alguns dos
criadores do site em um evento no Rio
de Janeiro”, explica.
A empresa conseguiu arrecadar
mais de R$ 30 mil, e R$ 18 mil em
apenas quatro dias. Para ele, o sucesso
da campanha está no produto. “Uma
máquina que em poucos minutos
materializa coisas que antes eram
apenas um modelo na tela do
computador é algo que imediatamente
cria espanto e entusiasmo em qualquer
um que a vê funcionando”, conta.
“E, antes de tudo, para um projeto
grande e financiado colaborativamente
atingir a sua meta de arrecadação é
preciso que ele seja uma ideia mais
do que ‘legal’”. Outra peça-chave foi
o efeito viral causado pelas pessoas
que apoiaram e divulgaram o projeto
por meio de seus contatos e nas
redes sociais. “Isso foi fundamental
para o sucesso do projeto”, destaca.
“O crowdfunding é uma opção de
financiamento que nunca podemos
descartar. Digo isso porque acreditamos
que o financiamento colaborativo
tem muito a ver com a proposta da
Metamáquina e com o nosso vínculo
com as comunidades de software livre
e de hardware aberto, portanto, essa
foi a opção natural quando pensamos
em como viabilizar a produção do
primeiro lote de Metamáquinas 3D”,
complementa Silva.
locaweb
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oferecer como recompensa. Dê algo que
as pessoas realmente vão gostar, ou que
precisem e achem importante. O que
vale é a sensação de ganhar algo único.
6
Falta de um bom vídeo
– ter um
bom vídeo aumenta suas chances
de financiamento. Ele mostra o
produto ou trabalho que você pretende
produzir, explica onde o dinheiro será
investido e oferece entretenimento.
“As ruas são
para pintar”:
projeto da Casa de
Cultura Digital
inovou ao levar arte
às ruas
Crowdfunding é
subconjunto do
crowdsourcing,
ummodelo
de produção
que utiliza
inteligência e
conhecimentos
coletivos
Página da Casa de Cultura Digital de São
Paulo: entidade trabalha com crowdfunding
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