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22 | viajeMais Uma das coisas mais chama a atenção dos turistas que visitam o Porto, a segunda maior cidade de Portugal, são os barcos rabelos que ficam ancorados às margens do Douro e servem para relembrar uma antiga história. Durante séculos, eles transportavam os vinhos produzidos no Vale do Douro, a cerca de 150 km rio acima, até a cidade do Porto, mais precisamente para as caves de Vila Nova Gaia, que fica na outra margem do rio, onde eram maturados antes de seguir de navio para outros países da Europa, sobretudo a Inglaterra. Os barcos rabelos trabalharam até a década de 1960, quando foram substituídos por trens e caminhões. Mas as caves seguem abarrotadas em Gaia e recebem os turistas ávidos para degustar o famoso Vinho do Porto, nome genérico para o vinho licoroso, de sabor adocicado e alto teor alcoólico, que pode ser elaborado a partir de mais de 40 tipos de uva. Produzido desde o século 17, o Vinho do Porto deve suas características à adição de aguardente de uva à bebida, o que interrompe o processo de fermentação e preserva parte dos açúcares das frutas. Após o envelhecimento em barricas de carvalho, o vinho é engarrafado e está pronto para o consumo. Seguindo a tradição, boa parte do comércio do Vinho do Porto continua na mãos dos ingleses. Entre as caves mais famosas em Vila Nova Gaia, estão a Sandeman, Graham´s, Taylor’s e Ferreira. Todas oferecem tours com degustação, almoços harmonizados e muitas explicações sobre o processo de produção do vinho. Os armazéns ficam bem próximos uns dos outros, o que facilita a vida Cave de barricas da Sandeman, em Vila Nova de Gaia Tales Azzi | portugal O vinho do Porto Barcos rabelos, vinhos licorosos e museus contam uma história de muitos séculos na segunda maior cidade de Portugal Benson Truong/ Shutterstock

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