COMO ESTUDAR EM PORTUGAL AS DICAS DE QUEM JÁ ESTÁ LÁ 31 PRÓXIMA 1 Com séculos de história, Universidade de Coimbra teve alunos renomados, como Luís de Camões, Eça de Queiroz e Gonçalves Dias 2 Para o pesquisador Pedro Papotto, os institutos e laboratórios portugueses são, em geral, mais bem equipados que os brasileiros O PESO DA EDUCAÇÃO INTERNACIONAL Uma experiência internacional de ensino tem tudo para fazer diferença no currículo. Quem opta por estudar em Portugal tem acesso direto aos acervos do país, com séculos de história bem documentada e várias fontes exclusivas. Isso tudo sem contar que as publicações dos alunos são embasadas por universidades reconhecidas globalmente e é possível participar de diversas parcerias. Elaine, por exemplo, escolheu a Universidade de Coimbra porque queria estar no berço da literatura portuguesa. Além de ser renomada e uma das mais antigas da Europa, a escola teve alunos ilustres, como Luís de Camões, Eça de Queiroz e o poeta brasileiro Gonçalves Dias. “Para mim, estar lá era como fazer parte da história desses escritores”, destaca. Outro atrativo que a professora encontrou na universidade foi seu orientador de mestrado, Dr. Carlos Reis, referência em literatura portuguesa e vencedor de uma série de prêmios nacionais e internacionais. “Aprender com ele foi algo muito especial. Só tenho a agradecer pela oportunidade”, diz. Pedro também se orgulha de ter se graduado em Portugal. “Na Universidade de Lisboa, consegui realizar um trabalho sólido, que rendeu muito conhecimento, boas publicações e ainda me ajudou a formar uma rede de contatos bastante diversificada. Tudo isso contribuiu para que eu conseguisse ser selecionado para um bolsa de pós-doutorado da EMBO (Organização Europeia de Biologia Molecular) e trabalhar em Manchester, na Inglaterra”, comenta. na fase de dissertação, que é individual, a amizade com a turma continuou forte. “Uma lia o texto da outra, para corrigir. Nós conversávamos, trocávamos informações úteis a respeito da escola e, às vezes, até saíamos para comer”, conta. Vale lembrar que, assim como ocorre em qualquer parte do mundo, há uma grande movimentação de pessoas nas instituições de ensino portuguesas, o que impede, por vezes, o estabelecimento de amizades muito longas. “Há alunos que vão para passar apenas seis meses, outros que ficam durante um ou dois anos, e ainda têm aqueles que permanecem por todo o período do curso. Então, estudar fora é um processo de constante despedida, mas também um reinício eterno de novas amizades”, aponta Elaine.
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