COMO ESTUDAR EM PORTUGAL AS DICAS DE QUEM JÁ ESTÁ LÁ 29 PRÓXIMA 2 1 Os brasileiros representam, hoje, 30% dos estrangeiros que estudam em Portugal 2 O grande número de pessoas de outros países facilita o intercâmbio cultural entre os estudantes a dificuldade é grande para quem não está acostumado. Você precisa saber aplicar, por baixo, a Norma Portuguesa 405, a Chicago e a APA (American Psychological Association). Cada professor pede uma diferente porque, em Portugal, o padrão não é unificado. Não existe uma ABNT. Os docentes publicam na Europa toda, e cada lugar escolhe sua norma”, explica. Para se dar bem ao estudar no país, saber inglês, por incrível que pareça, também é essencial. Ocorre que os portugueses falam mais de uma língua desde cedo, e boa parte do conteúdo das aulas acaba recorrendo ao inglês – especialmente nos programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. A dificuldade com idiomas aumenta nos cursos exigem a escrita no português de Portugal. Danielle, por exemplo, perdeu alguns pontos por usar palavras ou expressões brasileiras em suas dissertações. “Os lusitanos costumam refazer os trabalhos para subir a nota. Hoje, percebo que teria sido simples modificá-los e ganhar uns pontinhos a mais em alguma matéria. Tanto que, no segundo semestre, já estava preparada para corrigir tudo, se fosse preciso. Foi mais tranquilo e alcancei logo as notas que precisava”, aponta. Na hora de executar os trabalhos, vale a pena também se adaptar ao estilo exigido por lá, que muitas vezes se difere do brasileiro. Os professores portugueses, em geral, preferem quando os alunos vão direto ao ponto. “Eles percebem quando você está sendo prolixo ou querendo apenas enrolar. Aqui, mais vale um texto pequeno e que agregue à pesquisa do que algo imenso que não tenha quase nada a dizer”, destaca a jornalista Jackeline Carvalho, que realizou mestrado em Comunicação pela Universidade do Minho, em Braga.
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