Viaje Mais Edição 267

16 | viajeMais n m nm nm nmnm nmnmnmnm nm nmnm nmn n m nm nm nmnm nmnmnmnm nm nmnm nmn n m nm nm nmnm nmnmnmnm nm nmnm nmn daqueles tesouros escondidos que passam despercebidos a turistas desavisados. Basta ir até lá, porém, para fazer uma visita guiada pelo estúdio criado pelos irmãos poloneses Leonard e Phil Chess, onde foram gravados os principais clássicos de Bo Diddley, Howlin’ Wolf, Koko Taylor, Muddy Waters, Buddy Guy, Jerry Lee Lewis, Chuck Berry, Albert King e Etta James, só para citar alguns nomes. Para se ter uma ideia da importância da Chess Records, Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones, a classificou em sua biografia como “solo sagrado”. Foi ali, inclusive, que a até então desconhecida (ao menos fora de Londres) banda inglesa gravou seu primeiro sucesso internacional, It’s All Over Now, bem como a versão pioneira da clássica Satisfaction. Tudo isso foi possível apenas porque Willie Dixon, o maior baixista da história do blues, foi contratado sabiamente pelos irmãos Chess como produtor da casa, o que atraiu muitos de seus amigos. Não à toa, o prédio da 2.120 South Michigan Avenue funciona hoje como a Willie Dixon’s Blues Heaven Foundation, criada pela viúva do músico para manter o legado deixado pelos artistas lendários do blues. Mais do que conhecer essas e outras histórias, o tour, que ocorre por lá de terça a sábado ao som de grandes sucessos, permite observar instrumentos (como um dos baixos de Dixon), roupas usadas pelas estrelas, discos e a sala de controle que registrou e permitiu que o mundo descobrisse tantas maravilhas. Muitas delas são reverberadas de segunda a segunda na ótima vida noturna de Chicago, que inclui casas de blues como Rosa’s Lounge, um lugar simples, porém palco de grandes talentos; Kingston Mines, onde lendas do ritmo costumam dar canjas; Buddy Guy’s Legends, cujo nome diz tudo; e The Green Mill, frequentada em outros tempos por Al Capone e sua turma. Isso sem contar endereços mais modernos que fazem a cabeça da galera mais jovem. É o caso da The Bassment, que remete aos antigos speakeasies (bares que vendiam álcool ilegalmente durante a Lei Seca) e mantém um clima intimista de casa de jazz antes de se transformar em uma balada frenética, com direito a sucessos de blues, pop, rock e hip hop tocados ao vivo. |Chicago Kingston Mile, clube de blues que costuma receber grandes músicos Instrumentos em exposição na Chess Records, “solo sagrado” do blues Foto: Paulo Basso Jr.

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