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32 | viaje Mais trekking no CURSO DAS LEVADAS Ilha tem 2,5 mil quilômetros de trilhas | portugal E nquanto o sul da Madeira abriga as cidades mais importantes, o norte rou- ba a cena com suas incríveis paisagens naturais, cheias de penhascos, cachoeiras, riachos e caminhos em meio à vegetação laurissilva, declarada Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco. Muitos europeus viajam até o arquipé- lago só para percorrer suas trilhas. E não é paramenos. Há cerca de 2,5mil quilômetros de percursos, que revelam cenários exuberantes. A maior parte deles segue o curso das “levadas” (canais de irrigação construídos ao longo dos séculos para levar a água das nascentes no alto das montanhas do norte até as vilas da costa sul). Uma das trilhas mais cobiçadas pelos aficionados por circuitos de trekking nas montanhas é a que liga o Pico Areeiro ao Ruivo, considerado o ponto mais alto da Madeira, com 1.862 metros de altitude. Mas há opções para os mais variados níveis de dificuldade. A que fiz, por exemplo, foi a Levada do Rabaçal (€ 37 por pessoa), que leva a uma lagoa de azul profun- do, cercada por 25 pequenas fontes, belas árvores e mui- tos tentilhões (pássaro tão amigável que faz questão de posar para as fotos). Normalmente, o trajeto tem 13 km, mas, por causa do tempo chuvoso, o guia de montanha, Fábio, da Madeira Adventure Kingdom, optou por um “atalho” de 7 km que passa por um tú- nel e inclui a imponente Cascata do Risco. Apaixonado pelo ofício, Fábio conta histórias e mostra várias espécies de plan- tas que enchem os caminhos de cores e aromas, como os arbustos de urze, as car- quejas, os loureiros e os belos massarocos. Vale pagar € 10 a mais para que a própria agência providencie um piquenique. No meu caso, uma saudável refeição preparada pela Vantastic, que vende delícias veganas em uma van estacionada na frente da Sé, em Funchal. Cachoeiras e um túnel de 800 metros na Levada do Rabaçal O tentilhão, figurinha fácil na ilha

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