Viaje Mais 254
viaje Mais | 31 de vida do madeirense, que costuma ler o jornal tomando uma “bica” (expresso) nas mesas de cafés como o Golden Gate, omais antigo da ilha, aberto desde 1841. Também faz parte da rotina dos ilhéus ir até oMercado dos Lavradores para comprar frutas, hortaliças e peixes. Para o turista, o programa é umdeleite: simpáticas senhoras com roupas típicas vendem flores no piso térreo, enquanto o mezanino é reservado a boxes de frutas cristalizadas, chás, essências e toda sorte de suvenir. Mas aten- ção: o prédio fecha aos domingos e funciona só até as 14h aos sábados. Nenhumprograma emFunchal, porém, é mais interessante – e divertido – do que subir de teleférico até a parte alta da cidade. E há dois bons motivos que vão muito além da incrível vista que se tem lá de cima. O primeiro é a visita ao Jardim Tropical Monte Palace (a entrada custa € 12,50). Fora a infinidade de plantas, o local conta a história de Portugal emdezenas de painéis de azulejo e abriga ummuseu com exposi- ções permanentes deminerais das Américas e de esculturas africanas. O segundo motivo é que, uma vez lá em cima, você poderá encerrar o dia a bordo de um tradicional carro de cesto (€ 15). Trata- se de uma espécie de trenó, feito de vime e madeira, que desliza 2 quilômetros ladeira abaixo, até o Livramento. Para evitar aci- dentes, o cesto é conduzido pelos chamados “carreiros”, que vestem roupa branca, cha- péu de palha e botas com grossas solas de borracha (fundamentais para as freadas). Nemé preciso dizer que, paramanobrar a geringonça, o carreiro tem de ser madei- rense “da gema” e termuita experiência. Um knowhow passadode pai parafilhodesde os idos de 1850, quando o carro de cesto era o meio de transporte usado pelos moradores do bairro do Monte. Mas hoje ele só serve mesmo para divertir – emuito! – os turistas. Visitar o Mercado dos Lavradores e deslizar em um “carrinho de cesto” são passeios indispensáveis em Funchal
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