Viaje Mais 254

28 | viaje Mais A hospitalidade dos moradores e o apreço que têm pelas flores também não passamdespercebidos. Assimque ingressei na van que faria o traslado até o hotel, o motorista, Roberto Jesus (um “madeirense da gema”, em suas próprias palavras), foi logo apresentando as plantas de sua terra natal. Canteiros de jacarandás, agapantos, massarocos e estrelítzias (a flor-símbolo da Madeira, conhecida como “ave do paraíso”) descortinavam-se pela janela do veículo, fora os arranjos da tradicional Festa da Flor, umdos eventosmais aclamados do calendá- rio local, que havia encerrado poucos dias antes da minha chegada. Não demorou muito para eu entender por que a Madeira tem fama de viver em uma eterna primavera. Além das flores que decoram as vias públicas em todas as estações, a ilha é famosa entre os europeus por seu ar puro e clima excepcionalmente ameno, marcado por poucas variações de temperatura ao longo do ano. Foram essas características que trans- formaram a Madeira em um destino de férias recorrente entre monarcas europeus e personalidades dos mais variados naipes, desde Cristóvão Colombo (1451-1506), que morou alguns anos em Porto Santo (a se- gunda ilha habitada do arquipélago), até Sissi (1837-1898), a mais famosa imperatriz da Áustria, que aportou ali em 1860 para curar-se de uma tuberculose respirando o ar puro das montanhas. Depois, veio o ex-primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965), que, numbelo dia de janeiro de 1950, estacionou umRolls Royce na charmosa cidade de Câmara de Lobos e montou um cavalete à beira da baía para retratar com seus pincéis o belo cenário do mar adornado pelo vaivém dos barcos de pesca. Baía de Câmara de Lobos: o lugar preferido de Winston Churchill na Ilha da Madeira | portugal

RkJQdWJsaXNoZXIy Mzk0Njg=