Ouro de Tolo
46 OURO DE TOLO fácil acesso aos fornecidos pelos demais, haja vista as dificuldades dos deslocamentos em épocas remotas. Com o crescimento populacional das vilas, surgem os sobrenomes para identificar os indivíduos, sendo estes atribuídos de acordo com local de origem, filiação, apelidos baseados em características físicas ou em comparações com atributos de animais. Há também os de origem religiosa, que homenageiam santos ou indicam novos adeptos de uma religião, como no caso dos judeus convertidos que adotaram sobrenomes relacionados a árvores e animais na península ibérica como Silva, Silveira, Carvalho, Pereira, Oliveira, Lobo, Coelho e etc. Outra forma de atribuir sobrenomes era com base na profissão dos antepassados, sendo comuns nos idiomas europeus sobrenomes como Carneiro (Pastor), Ferreira, Ferreiro, Barbeiro, Sapateiro dentre outros. Ocomérciofoiumadasmolaspropulsorasparaodesenvolvimento de novas tecnologias que levaram à expansão territorial e à crescente ocupação do planeta pelos seres humanos. As grandes descobertas dos séculos XV e XVI foram fruto das expedições dos navegadores europeus que se aventuravam em frágeis embarcações por mares desconhecidos com o objetivo de buscar novas rotas comerciais, visando encurtar a longa jornada para as Índias, de onde vinham as especiarias e muitos outros produtos cobiçados pelos povos europeus. O crescente intercâmbio comercial entre os centros de abastecimento da Europa e da Ásia foi o propulsor da descoberta de novas terras ultramarinas e de sua posterior colonização na África, na Ásia, nas Américas e na Oceania. O objetivo inicial era a exploração das colônias do Novo Mundo por meio da extração das riquezas encontradas facilmente na natureza, como, por exemplo, o pau-brasil. Essa árvore era abundante no litoral brasileiro na época do descobrimento e sua madeira largamente utilizada, além de fornecer material para tingir tecidos, graças a sua cor avermelhada. Posteriormente, a ocupação das colônias tropicais ocorreu com o objetivo de introduzir o plantio de produtos agrícolas que não podiam ser cultivados na Europa devido ao clima do frio do velho continente. A cana-de-açúcar foi trazida da Ilha da Madeira pelos portugueses após terem obtido êxito em sua produção naquela região. Os mesmos navios que levavam produtos das colônias para a Europa as abasteciam com mercadorias trazidas do velho mundo. Ocupavam as novas terras com escravos africanos e imigrantes para trabalhar nos engenhos e garantir a posse da colônia
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