Ouro de Tolo
21 MAURICIO ALEXANDRE em função das constantes mudanças de cenários econômicos e seu consequente impacto no portfólio, há maneiras de minimizar o impacto ao montar uma carteira com ativos variados. Aqui se aplica a velha máxima de não se colocar todos os ovos na mesma cesta, que é o princípio básico da diversificação. Ao adotá-lo, o investidor passará a se expor a diferentes ativos, mercados e moedas. Primeiramente é recomendável definir o tamanho da exposição desejada em ativos de renda variável. Existe uma fórmula antiga que diz que para definir o percentual de seus investimentos em renda variável deve-se subtrair a idade do investidor de cem. Dessa forma, se uma pessoa tiver trinta anos, deverá aplicar setenta por cento em renda variável. A composição percentual da carteira deve ser diminuída com o passar dos anos, reduzindo a exposição em RV conforme envelhecemos. Assim sendo, um indivíduo de quarenta e cinco anos deve alocar cinquenta e cinco por cento em RV, sendo que aos setenta anos deverá reduzir para trinta por cento sua exposição. Gosto dessa fórmula, pois ela me parece ser uma solução plausível para equilibrar a carteira entre investimentos de menor e maior risco ao longo do tempo. Ao adotá-la, corremos menos risco à medida que envelhecemos, pois teremos menos tempo pela frente para recuperações em casos de quedas bruscas, que inevitavelmente ocorrerão em determinados períodos. Esse balanceamento reflete nossa própria atitude perante a vida, pois tendemos a agir de forma mais arriscada quando jovens e ficamos mais cautelosos com o passar dos anos. Assim sendo, a intenção é sermos mais conservadores com a chegada da velhice, onde os tombos podem nos machucar commaior severidade, seja na rua, dentro de casa ou no mercado financeiro. Após determinar o percentual de renda variável da carteira, está na hora de definir como dividi-lo, ou seja, o próximo passo será eleger as alocações propriamente ditas, determinando onde serão investidos os recursos efetivamente. Há inúmeras possibilidades de investimentos, tanto no Brasil quanto no exterior, em ações, fundos imobiliários, e também a possibilidade de investir adquirindo cotas de fundos que replicam índices, os chamados ETFs (Exchange Traded Funds). Basta adquirir as cotas no mercado e o investidor terá acesso a uma cesta de ativos que compõem determinado índice sem ter que adquirir vários ativos de vários segmentos distintos individualmente ou investir de forma diversificada em várias companhias de algum
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